estás por toda parte
onipresente
mente
deus
tu és a tempestade
a sombra da algaroba
mimosa rosa
imarcescível trovão
a espraiar-se em prosa
em verso e mar
poesia quando chove
e te escondes
nasces detrás dos montes
me dás vidas diárias
me queimas a pele
depois das alvoradas
estás pelas estradas
a derreter o breu
tu és como a bondade
sorriso que se estampa
luz que se alinha
à minha vontade
e se te peço, imploro
por mais de ti
sol, sol, também
quero as nuvens
as tuas companheiras
e é claro
o vento
a soprar a tua brasa
manhãs de minhas asas.
Letras de músicas que compus, umas poucas em parceria, a grande maioria entre os anos 1980 e 1990. Todas as mais antigas têm melodia, mas, muitas, não lembro mais como tocar, apenas vivem na minha memória. Algumas foram gravadas e dá pra ouvir clicando no link no final do post 🎧 onde se pode ler o nome das/os cantoras/es e do álbum. E agora, novas estão por vir, estão vindo, com melodia, sem melodia, do jeito que for...
quinta-feira, 29 de fevereiro de 2024
ALGUÉM QUE ANDA POR AÍ
Letra :: Garibaldi Dantas
Faltou me ensinar que findava
como um sorvete
e eu que pensei
que sabia de tudo
antes
Faltou mandar fechar
aquela fábrica de sabonete
alguém que eu nunca sei
passa por mim com um cheiro
semelhante
Mas o vento
que vinha do fim do dia, o frio
o cloro da piscina
o sal do oceano
Ah, isso falta
eu não viro o rosto
e olho
não
eu que nem ao telefone
admitia o engano
Faltou medir cada frase
palavra
o tempo de pedir desculpas
no início da manhã
E dizer eu te amo
que nem importava
bastava dividir o último cigarro
meia maçã
Faltou esconder
o poema pior
o chorar
Dinheiro pruns óculos escuros
passeios na praia
Pegue meus olhos
minha boca
Faltou rasgar
Olhe o meu travesseiro
o lençol
Falta que teu corpo caia.
Faltou me ensinar que findava
como um sorvete
e eu que pensei
que sabia de tudo
antes
Faltou mandar fechar
aquela fábrica de sabonete
alguém que eu nunca sei
passa por mim com um cheiro
semelhante
Mas o vento
que vinha do fim do dia, o frio
o cloro da piscina
o sal do oceano
Ah, isso falta
eu não viro o rosto
e olho
não
eu que nem ao telefone
admitia o engano
Faltou medir cada frase
palavra
o tempo de pedir desculpas
no início da manhã
E dizer eu te amo
que nem importava
bastava dividir o último cigarro
meia maçã
Faltou esconder
o poema pior
o chorar
Dinheiro pruns óculos escuros
passeios na praia
Pegue meus olhos
minha boca
Faltou rasgar
Olhe o meu travesseiro
o lençol
Falta que teu corpo caia.
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